2.1. Gramática
2.2. Verbos de Orientação Na LGP existem verbos que determinam imediatamente a orientação, e que ocorre de forma diferente na Língua Portuguesa.
Por exemplo, “Correr para a direita” CORRER (Lado direito) Em LGP o gesto CORRER movimenta-se e vira para o lado direito. Algumas vezes estes verbos assumem a função de Classificador (CL). Na LGP os verbos também podem ser modificados e assumir outros significados, através da reetição do verbo em diferentes direções. Por exemplo: “Procurei o livro por toda a parte, mas não o encontrei! LIVRO PROCURAR PROCURAR PROCURAR (diferentes direções) NÃO ENCONTRAR |
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2.3. Educação Bilingue dos Surdos
A educação bilíngue de surdos foi uma abordagem que surgiu nas décadas de 80 e 90 do século XX na educação de crianças surdas como resposta aos insucessos dos métodos oralistas utilizados em todo o mundo durante quase um século. Essa abordagem assenta na visão socio-antropológica da surdez por oposição à visão médica e também é conhecida como educação bilíngue de surdos – o modelo bicultural (às vezes é abreviado como bi-bi). Esta abordagem assenta no pressuposto que os surdos são uma minoria linguística e cultural. O princípio mais significativo da educação bilíngue de surdos é o uso da língua gestual como primeira língua na sala de aula e a aprendizagem da língua escrita/ eventualmente oral, do país onde estão inseridos como segunda língua. A educação bilíngue preconiza que o próprio ambiente escolar deve ter a presença das duas línguas, a Língua Gestual e a Língua escrita/ falada.
A educação bilíngue de surdos tem vindo a ser implementada nos países escandinavos há algumas décadas. A Suécia foi o primeiro país a colocar isso em prática em 1980 com um currículo padronizado que foi usado para a educação de surdos. Além de ser um programa nacional, a educação bilíngue de surdos, embora em número limitado, é implementada em alguns outros países, como EUA, Alemanha, China, Itália, Venezuela, Brasil e Dinamarca, Portugal. |
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2.4. Vocabulário/ Tecnologia
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2.5. Como a educação bilingue de Surdos funciona?
O bilinguismo tem como pressuposto básico que o Surdo deve ser bilingue, ou seja, deve adquirir como língua materna a língua gestual, que é considerada a língua natural dos Surdos e, como segunda língua, a língua oficial do seu país.
Os autores do bilinguismo percecionam o Surdo de uma forma bastante diferente dos autores oralistas e da comunicação total. Para os defensores do bilinguismo, o Surdo não necessita de almejar uma vida semelhante ao ouvinte, podendo aceitar e assumir a sua surdez, permitindo a inclusão numa sociedade multicultural. O conceito mais importante que a filosofia bilingue releva é a de que os Surdos formam uma Comunidade, com uma Cultura e Língua próprias. A noção de que o Surdo deve, unicamente, tentar aprender a modalidade oral da língua para poder aproximar-se o mais possível do padrão da normalidade é rejeitada por esta filosofia. Para aplicar o bilinguismo na escola não basta incluir a língua gestual como recurso facilitador para a aquisição de conteúdos. O modelo de educação bilingue deve respeitar o Surdo, a sua Cultura, a sua História e Comunidade tendo como objectivo a formação da Identidade da pessoa Surda. Por estas razões este modelo deve envolver a Comunidade de Surdos, os educadores de Surdos, os familiares (Surdos e ouvintes), no sentido de promover a inclusão e interacção constante. Desta forma, o modelo bilingue não pode ser visto apenas no contexto da sala de aula mas como um modelo educacional. Assim, não basta incluir a língua gestual como agente redentor do processo educacional da criança e do jovem Surdo. A Educação bilíngue de alunos surdos assenta nos seguintes princípios:
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2.6. Vocabulário/ Geral
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